(Des)construção!

Desconstrução! A temeridade relacionada a esta palavra está também relacionada com o resultado que surge de sua consequência - o desconhecido! Sim, pois será que realmente não construímos ao desconstruir? Será que nos deparamos com uma manifestação do 'nada'? Cada vez mais, parece que não...

Crise mundial, 2013, cataclismas, fim-do-mundo, guerras, epidemias, fim-do-mundo, ecosistemas, ecocultura, economia, fim do fim-do-mundo... Em verdade, vemos e viemos da sobreposição de catástrofes, e nenhuma delas foi insuperável...

Acidez pela dimensão corrosiva extraída das dimensões mais radicais constitutivas da busca pelo encontro de uma natureza humana, licergia pela dimensão atemporal da HIPER-REALIDADE frenética e esquizofrênica da sociedade contemporânea, ambos condicionados e sufocados por uma realidade hipócrita e dissimulada - cínica por excelência! -, porém prontos para enfrentá-la e olhando-a nos olhos, mergulhar em sua essência de maneira a não sermos mais os mesmos...

Mas quais as verdadeiras questões por trás das ações humanas? Será mesmo o homem capaz de oferecer o que esperamos dele?

Será que VOCÊ é capaz? O quê você sabe sobre si mesmo?

O quê VOCÊ sabe?

Seja Bem Vindo!

SiD ÁciDo &
Lesérksikos

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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Esperançosa Esperança...

Ah, a esperança... Tão enaltecida como se fosse uma virtude, uma atitude grandiosa! Incrível relação que esta nobre tem com a humanidade, enrolada em seu vestido branco, saltitando por campos verdejantes, cativando sua busca... E nós, embriagados com nossas próprias projeções de possibilidades e prováveis evidências de um futuro promissor nos deixamos levar, como se o preço não fosse a própria anulação de nossas vontades e, consequentemente, da vida como um todo...

Esta maldita dissimulada que nos semeia paixões e nos brinda com um cálice contendo nosso próprio sangue, mais um tempero de alguns anos de vida, e nas conquistas, olhando em nossos olhos com seu escravizante sorriso branco, define bem seu papel proferindo a célebre a frase dos mortos-vivos: Graças a Deus! Foda-se!

Desculpem-me, tentarei ser menos grosseiro... O problema é que ao ver as consequências de uma atitude esperançosa, vejo uma sociedade inteira subordinada a si mesma, e enaltecendo isto! Previno-os aqui de uma possivelmente incontestável posição: A virtude do desespero!

Isto, o desespero, a ovelha negra da família do 'cidadão de bem'. Desesperança não é, e nem deve ser vista como algo descontrolado, ou consequência de um possível distúrbio neural, ou algum caso dramático que leve a perturbações intensas. Des-espero, simplesmente uma atitude de negação do espero, da esperança, que é apenas o substantivo de quem espera: Quem espera tem esperança!... Defendo aqui que o mundo é aqui e agora, e a atitude (ou falta dela...) de esperar é apenas um conformismo disfarçado.

Digo que devemos fazer agora, aqui e daqui para frente, com os pés no chão, e não com a cabeça nas nuvens! Proponho que sejamos mais responsáveis pelas nossas atitudes e que paremos de servir de tapete para a vida, mas que assumamos o controle dela e talvez assim construiremos algo mais interessante para nós mesmos do que acordar em um dia de calor e perceber que nossa vida foi esperar pacientemente uma visita que não foi marcada...