(Des)construção!

Desconstrução! A temeridade relacionada a esta palavra está também relacionada com o resultado que surge de sua consequência - o desconhecido! Sim, pois será que realmente não construímos ao desconstruir? Será que nos deparamos com uma manifestação do 'nada'? Cada vez mais, parece que não...

Crise mundial, 2013, cataclismas, fim-do-mundo, guerras, epidemias, fim-do-mundo, ecosistemas, ecocultura, economia, fim do fim-do-mundo... Em verdade, vemos e viemos da sobreposição de catástrofes, e nenhuma delas foi insuperável...

Acidez pela dimensão corrosiva extraída das dimensões mais radicais constitutivas da busca pelo encontro de uma natureza humana, licergia pela dimensão atemporal da HIPER-REALIDADE frenética e esquizofrênica da sociedade contemporânea, ambos condicionados e sufocados por uma realidade hipócrita e dissimulada - cínica por excelência! -, porém prontos para enfrentá-la e olhando-a nos olhos, mergulhar em sua essência de maneira a não sermos mais os mesmos...

Mas quais as verdadeiras questões por trás das ações humanas? Será mesmo o homem capaz de oferecer o que esperamos dele?

Será que VOCÊ é capaz? O quê você sabe sobre si mesmo?

O quê VOCÊ sabe?

Seja Bem Vindo!

SiD ÁciDo &
Lesérksikos

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domingo, 1 de agosto de 2010

Humilde Humildade

Clama do Ousado Sucumbido

'Oh, humilde Humildade! Invoco-lhe agora! Preciso de seu poder! Estou desesperado... sempre tão fraca, tão simples, tão virtuosa – sua potência dissimulada é o que eu preciso!
Como viver sem você!?!? Amplamente requisitada entre os humanos, sejas minha, e teremos todos! Evidencie minha humanidade, pois me julgam por não tê-la... Retribuirei-te com oferendas das mais diversas, vindas de todos os cantos – ou ao menos de todos os que possuem esta humanidade.'

A virtude do fraco, do verme, do humano por excelência! Diria a maior de todas! A virtude do humilde, o enaltecimento da nivelação do homem pela sua mediocridade, 'assim ele fica mais suscetível a nós' – sussurram os humildes pelos cantos...

E qual sua relação com a verdade? 'Do quê estás falando?!?!', um tubérculo me questiona, transtornado com minha posição. Agindo sempre como um cão, sua cabeça não é mais capaz de enxergar acima, mas apenas à frente e aos lados. 'Bem, todos aqui me parecem ter na humildade uma virtude incondicional...' complementa o anoréxico.

Sejas medíocre em tuas potencialidades, porém, se inconformadamente ousares alcançar os céus, não demonstre sem cautela extrema as experiências vivenciadas por lá – serás imediatamente retaliado até que fiques doente como os humanizados. Ouse e viva entre os fortes, estes terão algo de interessante a lhe oferecer – é o que afirmo!

Esta deusa impetuosa, reivindicando todas as conquistas, impõe-se sob uma aparência de fada, vem se mostrar ao ouvido – 'Submeta-se ou serás sufocado até pedir clemência', diz ela, afastando-se novamente com sorriso leve e divindade sublime. Não! Digo-lhe firme, em pé, olhando-a nos olhos.

Libertar-se desta dissimulada em um consenso de ratos e sacerdotes é para poucos. Manter-se erguido e coerente implica em lidar em uma relação de desigualdade com a maioria das pessoas, pois por diversos motivos que não implicam necessariamente em opções, mais provavelmente em condições, o automatismo do cotidiano - necessidade prática - não permite que olhem para cima, e quando olham, a luminosidade tende a ofuscá-los.

Obviamente não falo aqui de toda e qualquer forma de humildade. Falo apenas da humildade como condição para uma relação interpessoal, a humildade como valor incondicional para humanizar o homem. O problema surge quando estes considerados humanizados – adestrados, na realidade - acreditam que já refletiram o suficiente e tentam condicionar o comportamento a esta única verdade possível, onde o que não está de acordo é extremamente nocivo – senão invejável? Afirmo apenas que tenhamos cuidado com algumas ditas virtudes, pois podem estar fundamentadas em sentimentos não tão nobres como o que é comumente oferecido...