(Des)construção!

Desconstrução! A temeridade relacionada a esta palavra está também relacionada com o resultado que surge de sua consequência - o desconhecido! Sim, pois será que realmente não construímos ao desconstruir? Será que nos deparamos com uma manifestação do 'nada'? Cada vez mais, parece que não...

Crise mundial, 2013, cataclismas, fim-do-mundo, guerras, epidemias, fim-do-mundo, ecosistemas, ecocultura, economia, fim do fim-do-mundo... Em verdade, vemos e viemos da sobreposição de catástrofes, e nenhuma delas foi insuperável...

Acidez pela dimensão corrosiva extraída das dimensões mais radicais constitutivas da busca pelo encontro de uma natureza humana, licergia pela dimensão atemporal da HIPER-REALIDADE frenética e esquizofrênica da sociedade contemporânea, ambos condicionados e sufocados por uma realidade hipócrita e dissimulada - cínica por excelência! -, porém prontos para enfrentá-la e olhando-a nos olhos, mergulhar em sua essência de maneira a não sermos mais os mesmos...

Mas quais as verdadeiras questões por trás das ações humanas? Será mesmo o homem capaz de oferecer o que esperamos dele?

Será que VOCÊ é capaz? O quê você sabe sobre si mesmo?

O quê VOCÊ sabe?

Seja Bem Vindo!

SiD ÁciDo &
Lesérksikos

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sexta-feira, 6 de maio de 2011

A Tentação do Suicídio

Esses dias acordei com uma vontade de me suicidar... Não era como cotidianamente acontece, uma mera hipótese – era desejo! Um desejo que me despertou um ar agradável e fresco nas narinas somado a adrenalina de um salto sem paraquedas pela janela do quarto andar, onde está meu quarto. Realmente tentador...

A situação onde me encontrei exigiu uma resposta. Não uma resposta para o suicídio como questão universal, mas apenas o suicídio na minha questão: vale ou não?

Uma das hipóteses que levantei logo de início foi a de que eu precisava significar o suicídio para pensar nele com mais clareza. Neste sentido, identifiquei um equívoco entre minha concepção de morte e de sono. Meu prazer em estar dormindo estava situado apenas como uma questão de grau: a morte é o sono eterno... Grande erro! Um resquício de efermidade cristã contaminando meu pensamento... O prazer em dormir só é identificado ao acordar. Esta é a sutileza da questão!

O desconforto da realidade vai impregnando a mente logo no despertar, levando à concepção de que o “sono eterno” seria mais agradável, porém o fato é que a morte é a coisificação do ser: tornar-me-ia um bife! Aliás, muito menos que carne, pois isto já me aproxima demais da realidade... O eu que conheço e o que sou se nadificaria! Isto vai para muito além de um “repouso eterno”...

Logo depois desta conclusão, refleti que terei tempo o bastante para morrer – não há dúvidas de que algum dia morrerei, pra que apressar as coisas desta maneira? A morte se aproxima e esta é uma certeza! Não há como não passar por isto... Não preciso ser ansioso com o que é inevitável.

Fica, para o lado da conclusão oposta, o ato simbólico de negação radical do mundo como se apresenta. Porém esta também me parece falaciosa, pois só terá significado para os que ainda vivem, estando relacionada aí a tentação de ser compreendido em minha essência, o grito final de Jeremy, porém aí já não me importaria mais...

Estas não são conclusões universais. Vejo razões para o suicídio, apenas não o meu. Vejo beleza naqueles que o exercem, só lamento que eu não possa cumprimentá-los por seu forte e simbólico ato... E esta é, para mim, a questão.

Não tenho certeza se não realizo esta fantasia por fraqueza ou se por estas reflexões. Porém, se me perguntassem “por que você não?”, diria isto. O que me parece é que tentaria muitas formas de vida autodestrutivas se chegasse à conclusão de que ela está se posicionando entre mim e minha realização como ser, antes de me atirar de um prédio sem paraquedas...